Na semana passada, a Camex teve a “brilhante” idéia de aumentar as
alíquotas de importação de sete produtos, entre eles bicicletas (de 20%
para 35%) e de pneus de borracha para bicicleta (de 16% para 35%). De
acordo com a a secretária de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Tatiana Prazeres, isso serve para proteger a indústria brasileira de “práticas desleais de marcado”.
QUAL O FURO NESSA TEORIA?
Utilizar alíquotas de importação para proteger empresas brasileiras
contra produtos estrangeiros é um baita de um “tiro no pé” do governo.
Isso cria uma vantagem competitiva IRREAL para as empresas brasileiras,
ou seja, mesmo que os produtos delas sejam uma porcaria, eles continuam
vendendo, já que para comprar um produto bom feito fora do Brasil fica
muito caro por conta do imposto de importação.
Como conseqüência, estamos condenados a conviver com produtos medíocres até que essas políticas sejam mudadas.
Se as alíquotas de importação fossem ZERO, os produtos brasileiros
teriam que melhorar muito para que tivessem condições de competir com os
produtos de fora. Ou seja, as empresas iam ter que “rebolar” e fazer
produtos decentes, ou então iam quebrar.
NINGUÉM PENSA A LONGO PRAZO
Se alguém tivesse algum interesse de melhorar alguma coisa no
governo, eles derrubariam as tarifas de importação. Usando a raciocínio
acima, se os produtos brasileiros melhorassem para competir com
os produtos internacionais, eles teriam qualidade suficiente para serem
aceitos no mercado internacional.
Como a mão de obra brasileira é mais barata do que na Europa e EUA,
nossos produtos seriam bem mais baratos, as exportações cresceriam muito
e a indústria se fortaleceria e nós brasileiros teríamos produtos bem melhores e mais baratos disponíveis para o consumo.
Mas como ninguém consegue fazer 2+2 no governo e isso não vai acontecer tão cedo.
E A GENTE FICA NA M&#DA!
Mas como o governo cede ao lobby das grandes empresas, que são preguiçosas e não querem investir em melhorias, quem sofre somos nós. O pior é que o governo vende a idéia de que isso é bom para o Brasil, já que protege a “indústria nacional”. O que ele não fala, é que ao mesmo tempo ferra com a população, que tem que pagar caro por produtos de péssima qualidade.
Leiam os últimos parágrafos dessa notícia e vejam alguns dos culpados por esse aumento:
Para competir com importados, Caloi aposta em bicicleta ‘com status’
Fonte: PraQuemPedala.com.br
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